sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fitoterapia para tratar insuficiência renal

Por Marcelo Rigotti

Salvia tem sido utilizado no tratamento da insuficiência renal crônica na China durante pelo menos trinta anos. 

Em 1978, um artigo no Journal of Shanghai Medicina Tradicional Chinesa publicou uma pesquisa sobre esta aplicação. 

Em 1989, pesquisadores japoneses relataram o isolamento de um componente da Salvia responsável pela melhoria da função renal, o qual foi identificado como lithospermate B. Este princípio ativo, como toda a raiz de Salvia, foi relatado por aumentar o fluxo de sangue do plasma e reduzir a taxa de filtração glomerular nos rins dos animais de laboratório que sofrem de insuficiência renal. 

Em 1993, pesquisadores chineses em Hangzhou informaram sobre o efeito da injeção de salvia em pacientes submetidos à diálise peritoneal para insuficiência renal, alegando que poderia aumentar significativamente a taxa de depuração e taxa de ultrafiltração de creatinina, ureia e ácido úrico.

Um estudo realizado no Japão, publicado em 2000 observou ainda que salvia inibia o óxido de azoto (NO) que contribui para a insuficiência renal aguda e crônica, enquanto um estudo na Coréia publicado em 2004 sugeriu que a eliminação de radicais livres nos rins era parte do mecanismo de ação da Salvia e seu componente lithospermate B.

As seguintes ervas têm uso tradicional como diuréticos: frutos de zimbro (Juniperus communis), raiz de salsa (Petroselinum crispum), dente de leão (Taraxacum officinale), cavalinha (Equisetum arvense), raiz de espargos (Asparagus officinalis), arnica brasileira (Solidago canadensis), folha de urtiga (Urtica dioica), e alfafa (Medicago sativa).

Allium sativum L (Alho). Possui       fenóis  que aumentam a secreção de insulina, aumenta a taxa de filtração glomerular, é vaso relaxante, diminui a gordura circulante no sangue e aumenta o glicogênio hepático.

Foeniculum vulgare L. (Funcho). Possui fitoestrógenos, que diminui a absorção de glicose, diurético, vaso relaxante e natriurético.

Syzygium spp. (Jambolão). Possui fenilpropanoides, flavonóides sesquiterpenicos, ramnetina e ácido oleanólico, aumenta o glicogênio hepático, aumenta a taxa de filtração glomerular, é vaso relaxante, aumenta a secreção de insulina    e é antioxidante.     
   

Persea americana Mill. (Abacate). Possui taninos, saponinas, flavonóides, alcaloides, aumenta o glicogênio hepático, aumenta a taxa de filtração glomerular, é vasorelaxante, aumenta a secreção de insulina e regula a frequência cardiaca.

Referência:

Musabayane, CT.Cardiovasc J Afr. 2012 Sep; 23(8): 462–468. The effects of medicinal plants on renal function and blood pressure in diabetes mellitus